RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DO PROJETO DE EXTENSÃO COMO DESPERTAR O ENGENHEIRO NO JOVEM EM TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
Estudos recentes demonstram a falta de engenheiros, referente à quantidade, com relação a outros países e a outras profissões no Brasil. Idealmente, conforme a Abenge, a abordagem desse contexto educacional deve ser iniciada bem antes do jovem chegar no curso de nível superior de forma a auxiliar na superação de dificuldades relativas ao ensino brasileiro de Ciências Exatas e incentivá-lo a ingressar na carreira de Engenharia. Isso porque, muitas vezes, a distância entre a teoria e a prática no Ensino Médio faz com que os alunos não consigam associar os conceitos teóricos da Física e da Matemática com práticos como a Eletrônica, a Mecânica e até a Computação. Para criar uma alternativa a esse cenário de diminuição dos profissionais de Engenharia e despertar o interesse pela área nos jovens, mostrando que é possível construir carreiras prósperas a partir dos cursos oferecidos pela Unipampa (Campus Alegrete), este projeto traz atividades práticas a serem realizadas com o Ensino Médio (professores e alunos) usando a Robótica como elo para os conhecimentos de Engenharia e Tecnologia aplicando Física, Química, Matemática e Lógica. Assim, através da robótica educacional, a Engenharia é apresentada para os participantes como uma área onde a criatividade e a inovação são importantes, demonstrando também que a tecnologia pode ser desenvolvida em todo lugar, com baixo investimento, a partir de software e hardware livre (Arduino). As atividades transcorreram de forma online na Escola de Caçapava do Sul e presencialmente, a partir de setembro/2021, numa Escola de Santa Rosa/RS. Em 2022, transcorrem em Alegrete/RS de forma presencial. Utiliza-se a metodologia da sala de aula invertida e On the Job, na qual os alunos fazem primeiro as atividades práticas através de simuladores virtuais ou montagens, para depois entender os recursos através de modificações e desafios, aprendendo a teoria envolvida. São usados dispositivos (microcontroladores e sensores) que trazem para a oficina (em ambiente virtual ou real) situações práticas envolvendo temperatura, luminosidade, corrente elétrica, telecomunicações, músicas em mp3, entre outros fenômenos cotidianos aos alunos. No total, estão previstas de 8 a 12 oficinas, por Escola, concentradas em dois grandes objetivos de desenvolvimento: um semáforo microcontrolado e um robô controlado por celular via Bluetooth. Desde a primeira atividade os alunos já realizam um processo completo. Na primeira oficina há uma introdução aos alunos dos conceitos iniciais sobre Física, Mecânica, Robótica e circuitos eletrônicos básicos a partir do trabalho com LEDs, que permitem a visualização dos resultados a partir da programação criada. Cada oficina divide-se em 5 etapas: inicialmente é proposto um desafio problema, depois é feita a apresentação do material utilizado, depois tem-se as etapas de investigação e montagem, e por último a fase de testes e modificações. As oficinas são organizadas de forma a iniciarem com a mais fácil até a mais difícil. Dessa forma, é demonstrado aos alunos que eles podem desenvolver tecnologia a partir dos conhecimentos básicos que possuem no Ensino Médio. Ao todo, o projeto trabalhou em 2021 com duas escolas do Ensino Médio, online e presencial e uma em 2022. Como resultados deste projeto, destacam-se a formação dos professores das escolas participantes, bem como a participação dos alunos em eventos como feiras de ciências proporcionadas pela Unipampa e outras instituições. Além disso, o interesse pela área de Engenharia é despertado nos jovens, pois a tecnologia é apresentada como algo que pode ser desenvolvido por qualquer pessoa. Assim, o projeto tem atendido seus objetivos e busca ampliar sua atuação ainda em 2022 para Escolas de Alegrete, com palestras e mais oficinas, como ferramenta de desenvolvimento regional e incentivo a carreiras da área de Engenharia e Tecnologia em geral.
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