A ESCOLA MARGINALISTA E AS TEORIAS DE MENGER E JEVONS
Rótulo
Consumo, Escola, Marginalista, Economia, Preço
Resumo
Este resumo faz parte do Projeto de Pesquisa (Re)pensar a Economia sob a perspectiva da responsabilidade metaética, o qual procura compreender os diferentes aspectos que permitiram à Economia se consolidar como Ciência Social. Partindo das principais escolas do pensamento econômico, este trabalho faz um recorte com foco na reflexão sobre a Escola Marginalista ou Neoclássica e o consumidor na visão dos autores. Para desenvolver este trabalho utilizamos: Stanley Brue (2006, cap. 12 e 13). A Escola Marginalista se consolida a partir das ideias e estudos que se originaram com insatisfações de Carl Menger e William Stanley Jevons entre outros, sobre assuntos que ainda permeiam a sociedade contemporânea. Enquanto os problemas seguiram até um século depois da Revolução Francesa, a sociedade estava cada vez mais na pobreza e em crise, mesmo que a produtividade estivesse aumentando drasticamente, a distribuição era extremamente injusta de riqueza e de renda e isso gerava muito descontentamento, embora o padrão geral de vida estivesse crescendo, afetava-se todos os indivíduos que viviam à margem desta sociedade. Com isso, os fazendeiros e produtores de terras mudavam-se para as cidades para tentar amenizar a crise com os negócios e reinventar formas de sustento às famílias. Os marginalistas defendiam a alocação e a distribuição de mercado, lamentavam a intervenção do governo, denunciavam o socialismo e procuravam desencorajar o sindicalismo trabalhista como ineficaz ou nocivo. Na teoria subjetiva de valor, Menger propõe que não se faz troca de iguais, não tem sentido econômico trocar valores iguais entre si. O indivíduo só se engaja na troca se um valor mais alto puder ser obtido pelo bem recebido em troca. Menger analisa os preços começando do caso mais simples, indo depois em direção a situações mais complicadas. Neste caso, estuda-se a troca isolada, por exemplo: o vendedor A e o comprador B querem transacionar um produto que para A vale $20 e para B estima em $60. Se o vale P=$40, ambos ganham $20, e seu preço determinado pode ir de $20 a $60. O resultado final só é determinado pelo processo de mercado. Ele vai do mínimo na avaliação subjetiva do vendedor a um máximo na avaliação subjetiva do comprador. Então, o valor é subjetivo, e no final, sempre uma das partes terá algum tipo de vantagem. Já o preço do mercado (a teoria não permite determinar o seu valor exato) estará entre a avaliação subjetiva do último comprador e a do último vendedor, que determinam respectivamente o limite superior e o limite inferior do intervalo de variação dos preços. E o preço, no entanto, é o resultado das avaliações subjetivas feitas em relação às mercadorias e da utilidade marginal da renda ou riqueza que possui previamente o indivíduo, o que lhe permite representar o equivalente em preço daquela avaliação. O valor subjetivo de qualquer coisa é dado pela dependência da satisfação à posse dela, medida por dois fatores: depende do desejo que a coisa é capaz de satisfazer e do estado da provisão já existente que atende o desejo. Já William Stanley Jevons analisa que o valor depende da utilidade, o autor afirma que o trabalho determina o valor somente de forma indireta mas o grau de utilidade é o que determina a oferta, seja o aumento dela ou o que a limita. A utilidade marginal de Jevons não pode ser medida diretamente, não com as ferramentas disponíveis. Esse valor seria estimado através da observação de comportamento e preferências da sociedade. O que podemos observar entre a teoria de Menger e a de Jevons, é que Menger está interessado no valor de mercado que o produto tem. No caso de Jevons, o valor é estimado na utilidade que ele vai ter para o indivíduo, com isso, um comparativo entre as teorias dos autores da escola Marginalista torna-se possível, onde Menger baseia o preço em trocas do mercado, a chave para ele se encontra na negociação de quem vende para com quem compra para que dessa forma ambos cheguem a um valor justo para as duas partes. Enquanto Jevons diz que o preço varia de acordo com a utilidade do produto, onde a mesma varia e é ditada pelo consumidor.Downloads
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Publicado
2022-11-23
Como Citar
MARQUES, A.; MARTINS MARQUES, A.; AMES DOS SANTOS, E.; SILVA SANTOR, F. A ESCOLA MARGINALISTA E AS TEORIAS DE MENGER E JEVONS. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 2, n. 14, 23 nov. 2022.
Seção
Artigos