FRONTEIRAS BRASILEIRAS: COMO O BARÃO DO RIO BRANCO CONTRIBUIU NO CASO DE ANEXAÇÃO DO ACRE E AMAPÁ
Rótulo
Barão, Rio, Branco, Fronteiras, Acre, Amapá, Diplomacia
Resumo
O presente trabalho tem como intenção apresentar a importância das políticas de diplomacia demonstradas por José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais usualmente referido como Barão do Rio Branco, nas regiões de fronteiras brasileiras. O estudo tem como foco os casos de anexação dos territórios do Acre que se deu através do Tratado de Petrópolis em 1903 e Amapá com ganha de causa pela brilhante defesa diplomática do Rio Branco na comissão de arbitragem de Genebra, Suíça em maio de 1900. Este artigo também coloca em evidência o contexto histórico da formação territorial das regiões do Acre e Amapá e seu estabelecimento como fronteiras brasileiras e as contribuições do Barão do Rio Branco para a constituição das mesmas. No caso do Acre a grande migração de brasileiros interessados nas seringueiras presentes no local levou o Brasil a reivindicar a região e no Amapá a descoberta de ouro na região reacendeu o interesse do Brasil pela posse definitiva do território, com a fundação de repúblicas não reconhecidas na região como por exemplo a República de Cunani fundada em 1886. O objeto de estudo assume relevância por tratar de abordagens diplomáticas que não apenas podem ser utilizadas como exemplos de diplomacia pacifista, mas que também podem ser aplicadas no cenário do sistema internacional contemporâneo. O Barão do Rio Branco é uma figura que contempla imenso valor para a história da diplomacia brasileira, evidenciando, desta maneira, a importância do estudo de suas ações como ministro das Relações Exteriores e diplomata brasileiro. Durante seu período como ministro no Ministério das Relações Exteriores, Rio Branco conseguiu não apenas modificar as fronteiras brasileiras, por meio de obtenção de regiões, através da realização de inúmeras discussões diplomáticas, mas também retomar a tradição pacifista da diplomacia brasileira. Além disso, auxiliou no trabalho de reajustamento territorial, para dar um fim às desavenças entre o Brasil e seus países vizinhos. Podem ser citadas diversas circunstâncias em que Barão do Rio Branco explicitou sua diplomacia, entre elas podemos evidenciar os casos das fronteiras do Acre e Amapá no qual o mesmo conseguiu através da diplomacia pacífica adquirir estes territórios e transformar, assim, o formato do Estado brasileiro. Este trabalho tem, então, como objetivos analisar os casos da anexação do Acre e do Amapá ao território brasileiro em específico, compreender como ocorreu todo o processo desde o início e, assim, evidenciar a importância e papel do Barão do Rio Branco e de sua tradição de diplomacia pacifista, por meio da leitura de livros e artigos sobre os acontecimentos da época. A formulação deste trabalho se deu a partir de pesquisas bibliográficas inicialmente através da leitura de livros, teses de dissertações e artigos publicados sobre o assunto, assim como, sites via internet e vídeos de analise no youtube, sobre a vida, trajetória e habilidades diplomáticas do Barão do Rio Branco, do mesmo modo que, sobre suas realizações como ministro das Relações Exteriores do Brasil e diplomata, logo após foi feito um filtro das informações coletadas e organizadas para elaboração do artigo. Posteriormente, foram realizadas mais leituras com ênfase na atuação do Barão do Rio Branco nos casos das fronteiras do Acre e Amapá, a fim de confirmar os fatos, analisar e compreender como se deu todo o processo de anexação por fontes concretas e confiáveis. Em virtude dos fatos mencionados no artigo é possível identificar que Barão do Rio Branco foi um ator e colaborador importante para a constituição de parte do território brasileiro, destacando suas admiráveis habilidades diplomáticas que o levaram a alcançar seus propósitos sem a necessidade da guerra, como as temáticas tratadas no texto nas quais Barão do Rio Branco conseguiu obter sucesso em anexar o que hoje se considera o estado do Acre e do Amapá ao Brasil, através da aquisição dos mesmo, de forma a utilizar de uma diplomacia pacífica, sem a necessidade e ocorrência de conflito armado.Downloads
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Publicado
2022-11-23
Como Citar
FLORES NUNES, M.; BARBOSA DE CASTRO, E.; RIVAS DOS SANTOS, R.; REGIO BENTO, F. FRONTEIRAS BRASILEIRAS: COMO O BARÃO DO RIO BRANCO CONTRIBUIU NO CASO DE ANEXAÇÃO DO ACRE E AMAPÁ. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 2, n. 14, 23 nov. 2022.
Seção
Artigos