LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS DE FUTSAL NA TEMPORADA DE 2021
Rótulo
Lesões, Futsal, Avaliação, Prevenção
Resumo
A modalidade do futsal tem obtido grande destaque no Brasil, devido a sua grande quantidade de adeptos, que, segundo dados oficiais da Confederação Brasileira De Futsal (CBFS), são mais de 10,5 milhões. Em decorrência da grande quantidade de praticantes e de uma maior organização de campeonatos, o futsal também apresenta dados expressivos de lesões. Nesse sentido, estudos trazem que a estrutura mais acometida nesse atleta é o membro inferior, grande parte sendo de etiologia atraumática, tendo as lesões musculares como as mais frequentes. De fato, tais lesões podem ocorrer devido às próprias características dos gestos motores que os atletas realizam em quadra, ou seja, a mudança de direção, sprints e dribles, que acabam exigindo uma demanda muscular expressiva, e, nessa perspectiva, torna-se extremamente necessário que se tenha o conhecimento das principais lesões, para assim, traçar estratégias que visem à prevenção e à diminuição dos índices de lesões. O objetivo deste estudo, foi analisar o perfil de lesões musculoesqueléticas em atletas de futsal masculino adulto, durante a temporada de 2021. Esse estudo longitudinal acompanhou 15 atletas profissionais masculinos de futsal (massa= 79,74 ±6,86 kg, estatura =1,76±0,05 m), ao longo da temporada de 2021. O perfil de lesão musculoesquelética dos atletas foi analisado ao longo de toda a temporada, por meio de uma planilha, contendo dados como, local da lesão, gravidade da lesão (através do tempo de afastamento do esporte), momento da temporada em que a lesão ocorreu e a posição tática do atleta. Como resultados, ao longo da temporada, ocorreram 52 lesões, sendo a maioria na região adutora (11 lesões / 23%), seguido por lesões no tornozelo (10 lesões / 19,2%), joelho (9 lesões /17,3%), tronco (9 lesões / 17,3%), posterior da coxa (4 lesões / 7,6%), panturrilha (3 lesões / 5,7%), púbis (2 lesões / 3.8%), e outros (6,1%). Destas,7 lesões (13,4%) ocorreram durante a pré-temporada e 45 (86,53%) durante a temporada. Com exceção de duas lesões (uma ruptura de reto abdominal e uma de ligamento cruzado anterior) que tiraram os jogadores do restante da temporada, o tempo médio afastado foi de 8,27 dias. Em decorrência do tempo médio de lesão, a média de jogos afastado foi de 1,14. Por fim, a posição ala foi a que mais teve atletas lesionados (38,46%), seguida de goleiro (21,15%), fixo (21,15%) e pivô (17,30%). Com base no que foi apresentado, após a coleta e análise dos dados foi concluído que, a lesão com maior prevalência foi no músculo adutor, tendo 23% no índice total de lesões, sendo esse, um músculo comumente lesionado em situação de chute ou passe, seguido de lesões de tornozelo (19,2%), que, na grande maioria das vezes, se dão em decorrência de entorses. Ainda, outro dado observado foi de que 86,53% das lesões ocorreram durante a temporada, isso se explica pelo fato de que o atleta está exposto nesse período a uma grande quantidade de jogos e treinamentos, em um curto período de tempo, e a maioria das lesões ocorreu de forma atraumática. A maioria dos atletas que sofreu alguma lesão exercem a posição de Ala, isso se dá em decorrência desta ser a posição em que mais se exige a participação do atleta no jogo, tanto na distância percorrida, quanto no número de toques na bola. Diante do exposto, foi possível traçar um perfil detalhado do perfil de lesões dessa equipe de futsal no período de um ano. Por fim, com o uso desses dados, recomenda-se que seja feito um trabalho preventivo com essa instituição esportiva, buscando minimizar os fatores de risco que, de alguma forma, podem potencializar essas lesões.Downloads
Não há dados estatísticos.
Publicado
2022-11-23
Como Citar
BORGES RODRIGUES, L.; JARDIM TIRLONI, G.; COUTINHO SOARES DA SILVA, M.; SANTOS TULIUS, E.; LARA, S.; PINTO TEIXEIRA, L. LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS DE FUTSAL NA TEMPORADA DE 2021. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 2, n. 14, 23 nov. 2022.
Seção
Artigos