AVALIAÇÃO NA CARCAÇA DE CORDEIROS CRIOULOS E SUAS CRUZAS TERMINADOS EM CONFINAMENTO
Rótulo
Carne, ovina, Genótipos, Conformação, Qualidade, carne
Resumo
O mercado alimentício em seus mais diversos segmentos vem incessantemente de encontro a consumidores cada vez mais exigentes em relação à qualidade organoléptica e nutricional do que irá se alimentar. Nesse quesito, a cadeia produtiva de carne, mais especificamente de carne de cordeiro, apresenta características favoráveis a esse cenário. Entretanto, o sistema produtivo da ovinocultura não possui uma disponibilidade regular e padronizada de carne, nem sequer atendendo a baixa demanda per capita do país. Conhecer as aptidões e os diferentes potenciais de cada genótipo ovino pode auxiliar os produtores rurais a ajustarem melhor seus sistemas produtivos, para atender o mercado consumidor. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar carcaças de cordeiros cruzados (Crioula x Dorper) e Crioulos puros terminados em confinamento. O presente trabalho foi desenvolvido entre os meses de dezembro e fevereiro de 2021, em confinamento experimental localizado na Universidade Federal do Pampa campus Dom Pedrito/RS. Foram utilizados 21 machos castrados com idade de 150 dias, sendo 11 da raça Crioula e 10 cruzados (Dorper x Crioula). No início do experimento os animais foram brincados para facilitar sua identificação e pesados. Durante o confinamento permaneceram em baias individuais providas de cochos e bebedouros, recebendo dieta composta por água, sal mineral, fenos compostos de gramíneas ou cornichão (Lotus corniculatus L) associados com azevém (Lolium multiflorum) e ração composta por milho, farelo de soja e calcário calcítico numa proporção de 61% concentrado e 39% volumoso. O fornecimento da dieta era ajustado conforme o comportamento do consumo, verificado diariamente. Realizava-se a cada 14 dias o controle do desempenho e sanidade dos animais. Após 54 dias de confinamento procedeu o abate dos animais em frigorífico comercial, onde suas carcaças passaram por avaliação. Algumas características analisadas foram o peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, avaliação do grau de conformação e cobertura de gordura. Além disso, realizou-se as medições na carcaça, designadamente: comprimento interno da carcaça, comprimento externo da carcaça, comprimento de perna, largura da garupa, perímetro da garupa e profundidade de tórax. Com exceção das características de largura da garupa e profundidade de tórax, na qual utilizou-se de compasso para a avaliação, todas as outras foram medidas com fita métrica. Não houveram diferenças significativas para as variáveis observadas entre os tratamentos. Os animais cruzados obtiveram a média de peso de carcaça quente equivalente a 16,00 kg e 16,40 kg de peso de carcaça fria, e os crioulos puros médias de peso de carcaça quente e peso de carcaça fria, respectivamente, de 15,23 e 15,53 kg. Este cenário corrobora com as características da raça Crioula de possuir animais com carcaças menores e mais leves. Em relação às medidas nas carcaças, não se observou diferenças significativas para as demais características avaliadas entre os genótipos. As médias obtidas para deposição de gordura foram de 3,0 e 2,5 pontos, e as de conformação foram de 2,7 e 3,1 pontos para animais Crioulos puros e cruzas, respectivamente. Sabendo dessas particularidades entre os animais puros e cruzados, os produtores podem escolher pelo genótipo mais adequado ao seu sistema de produção e ao produto desejado pelos seus consumidores. Desse modo, com os resultados obtidos podemos considerar que o sistema de confinamento proporcionou aos dois genótipos um bom desenvolvimento das carcaças.Downloads
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Publicado
2022-11-23
Como Citar
GOMES RIBEIRO, M.; XAVIER LOPES, E.; MELGAREJO VIEIRA, J.; MORO MAIDANA, J.; FERREIRA RODRIGUES, S.; FERREIRA CORREA, G. AVALIAÇÃO NA CARCAÇA DE CORDEIROS CRIOULOS E SUAS CRUZAS TERMINADOS EM CONFINAMENTO. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 2, n. 14, 23 nov. 2022.
Seção
Artigos