PERFIL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE
Rótulo
Gestão, benchmarking, clusters, lucros, rentabilidade
Resumo
PERFIL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM SISTEMAS DE CICLO COMPLETO NA FRONTEIRA OESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL A atividade de produção de carne brasileira possui grande importância para a economia do país, sendo o Brasil detentor do maior rebanho comercial do mundo. Entretanto, a produção de bovinos de corte possui alguns gargalos, dentre estes destaca-se uma gestão precária por produtores e técnicos. Com isso, fica notável a necessidade de aprimoramento da gestão dentro deste setor. Desta forma, realizar um plano que envolva planejamento e organização do negócio, demonstra grande relevância, melhorando os índices produtivos da atividade e impactando diretamente nos resultados obtidos. Nota-se também que compreender o mercado pecuário e seu dinamismo afeta diretamente o resultado da empresa rural, principalmente quando se trabalha com ciclo completo onde o animal fica durante todas as fases (cria, recria, engorda e terminação) dentro da propriedade. O objetivo desse estudo foi identificar o perfil dos custos de produção de nove propriedades rurais de bovinos de corte que trabalham com ciclo completo na Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizados dados de propriedades rurais que fazem parte do Grupo de Trabalho Pecuária do Amanhã (GTPA) e participam de um benchmarking anual com o preenchimento de uma planilha padrão formatada pelo Centro de Tecnologia em Pecuária (CTPEC) da UNIPAMPA. Essa planilha contém os custos fixos e os custos variados do período de 2020/2021. Dentro dos custos fixos foi apresentado valores de: arrendamento, impostos e tributos, administração geral, aramados (novos e manutenções), associações, energia elétrica, manutenção de máquinas e benfeitorias, mão de obra fixa, pró labore, seguros, taxas, juros e depreciação/investimento. Já a apresentação dos custos variáveis foi baseada em: aquisição de bovinos, aquisição de outros animais (equinos, ovinos, bubalinos), assistência técnica, combustíveis, comissões, frete, insumos veterinários, serviços terceirizados, pastagens, suplementação energética, suplementação mineral, suplementação proteica, reprodução animal entre outros. Os resultados foram obtidos a partir da obtenção das médias de cada item do plano de contas. Assim, obteve-se os seguintes resultados nos custos fixos: o principal foi o arrendamento com 45,01% do total, posteriormente a mão de obra com 22,54%, seguido por depreciação/investimento com 8,66%. Em contrapartida, nos custos variáveis os dados apresentaram-se da seguinte forma: em primeiro lugar está a aquisição de bovinos com 32,39%, seguido de pastagens com 29,84% e subsequente a ração/suplementação energética com 18,13%. Nos resultados comparativos entre os custos fixos e os custos variáveis, foi observado diferença de 3,62% entre estes, sendo os variáveis com 51,81% e o fixos com 48,19% do total. Portanto, nos custos totais das propriedades (fixos + variáveis), o principal tópico foi o arrendamento com 21,69%, em seguida a aquisição de bovinos com 16,78% e logo após as pastagens com 15,46% do total. Sendo assim, é observado que o custo do aluguel da terra tem uma contribuição relevante dentro dos custos, assim como a aquisição de bovinos que, nos anos de 2020 tiveram forte valorização. Portanto, é notória a importância de possuir este controle para o planejamento e a organização de propriedades rurais e consequentemente a lucratividade destas, para assim se tornar um sistema sustentável economicamente.Downloads
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Publicado
2022-11-23
Como Citar
SILVA ROCHA, S.; AIRES EVANGELHO, L.; PEDROSO OAIGEN, R. PERFIL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 2, n. 14, 23 nov. 2022.
Seção
Artigos